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Tendência a obesidade é transmitida no cordão umbilical

24/08/2016 - 09:40:54

Estudo mostra que características do metabolismo materno podem ser passadas da mãe para o bebê ainda na barriga.

Um estudo recente feito pelo Joslin Diabetes Center, nos Estados Unidos, mostrou que mulheres que sofrem de obesidade possuem tendência a terem filhos com o mesmo problema. O estudo foi feito com células umbilicais de filhos de mães com obesidade ou sobrepeso, mostrando que tal fator prejudica os genes-chave que regulam a energia e o metabolismo.

Segundo Elvira Isganaitis, autora principal do estudo, "tais resultados podem ajudar a pavimentar o caminho para a melhoria da saúde, tanto antes como depois do nascimento, para crianças com risco elevado de obesidade". O estudo também sugere que o aumento do risco de obesidade aconteça graças aos níveis elevados de lipídios no sangue materno, que fluem pelo cordão umbilical.

Suzana Maria Ramos Costa, coautora do estudo e PhD da Universidade Federal de Pernambuco, começou a pesquisa recolhendo cordões umbilicais de mulheres brasileiras saudáveis, sem diabetes, logo após o parto. A pesquisa contou com 24 mulheres com sobrepeso ou obesidade e 13 mulheres que não estavam acima do peso.

Os cientistas recolheram células a partir da veia umbilical que transporta oxigênio e nutrientes para o embrião que, conforme conta Isganaitis, é uma janela para os nutrientes e para o metabolismo proveniente da mãe para a criança. A pesquisadora ainda afirma que a quantidade de ácidos graxos pode gerar uma sobrecarga para o embrião.

"Isto sugere que já no momento do nascimento existem perturbações metabólicas detectáveis resultantes da obesidade materna", diz Isganaitis. As mudanças nas células também podem acarretar, além da obesidade, em resistência à insulina e diabetes tipo 2.

Os pesquisadores ainda estudarão mais sobre células umbilicais e de sangue em recém-nascidos em Boston, para entender se os resultados do estudo são confirmados nesta população. São planejadas também análises semelhantes em crianças nascidas de mães que têm diabetes gestacional ou diabetes tipo 1.

A pesquisadora espera que, futuramente, seja possível usar marcadores de sangue capazes de identificar embriões com risco de desenvolver obesidade ou diabetes tipo 2, para que possam também fazer o acompanhamento médico adequado.

Fonte: minhavida.com.br

 

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